terça-feira, 17 de maio de 2016

OLHÃO:REQUALIFICAÇÃO OU DESTRUIÇÃO DA ZONA RIBEIRINHA?

O presidente da câmara Municipal de Olhão concedeu uma entrevista ao jornal Sulinformação e que pode ser vista em http://www.sulinformacao.pt/2015/12/onda-de-requalificacao-a-caminho-da-frente-ribeirinha-de-olhao/, onde fala na pretensa requalificação da Avenida 5 de Outubro.
E se dizemos pretensa, é porque para nós,pode também significar a sua destruição, com a completa descaracterização da Zona, envolvente da Zona Histórica e que devia pelo menos manter as características iniciais.
Devido à sua juventude e imaturidade, o presidente da câmara de Olhão, esqueceu-se que aquando da candidatura aos fundos comunitários para a construção do Porto de Abrigo, foi apresentado como fundamento o apoio à pequena pesca artesanal, já que o porto de pesca não apresenta as melhores condições.
E não as apresenta, porque além da degradação de que enferma, os passadiços de betão não oferecem as melhores condições de segurança para quem precisa de embarcar ou desembarcar para as pequenas embarcações, dada o desnível apresentado entre as cotas dos passadiços e das embarcações.
Para António Pina, que não está obrigado a subir e descer dos passadiços para o barco, é fácil dizer que aos pescadores não traz qualquer desconforto ou insegurança.
Para que os pescadores da pequena pesca artesanal manterem as mesmas condições seria necessário que a Docapesca mandasse construir passadiços flutuantes, eliminando os desníveis a que se propõe, e era por aí que tinha de começar o seu projecto megalómano, dar condições de trabalho aos pescadores da pequena pesca artesanal, até agora concessinarios do porto de abrigo.
Por outro lado, devemos lembrar ao jovem presidente, que na dita requalificação, deve ter em  conta não apenas os interesses instalados, mas também o de todos os munícipes de Olhão que precisam de aceder àquela zona. Restringir o alcatrão, como diz ser sua intenção, e dotar a 5 de Outubro de um sentido único, pode significar a morte dos mercados, que já agonizam, sendo certo que são o melhor cartaz turístico da cidade.
É que, dotar a Avenida de um sentido único com restrições na faixa de circulação, pode causar transtorno aos produtores que demandam o terrado dos mercados para a venda de sábado e induzir ao seu abandono, uma prática com dezenas de anos e característica nesta cidade, com milhares de visitas de turistas nacionais e estrangeiros.
Segundo o Pina, a Frente Ribeirinha é para se virar completamente para o turismo, mas até nesse aspecto ele deveria fazer uma profunda reflexão, antes de fazer asneira, porque está caindo em contradição. É que o problema das demolições nas ilhas barreira não pode nem deve ser dissociado dos grandes interesses turísticos que impedem sobre as ilhas e ao pretender  correr com os olhanenses da Frente Ribeirinha, não está a fazer mais do que o jogo daqueles interesses. Obviamente que não somos contra  turismo, mas não podemos deixar de nos manifestarmos contra a ideia absurda de em seu nome correr com os olhanenses, quando é certo e sabido que o que se passa com as casas das ilhas barreira tem exactamente o mesmo significado.
Por outro lado, não se sabe que tipo de intervenção pretende fazer nos jardins e menos ainda a quanto monta o caderno de encargos da dita requalificação e isso diz-nos respeito por se tratar de dinheiros públicos. Também sabemos, porque foi dito pelo próprio Pina em sessão de câmara que a intervenção dos eleitores, se esgota no acto de deposição do voto, porque a partir daí, é com os eleitos.
Por aquilo que temos vindo a assistir, Pina pretende destruir tudo que diga respeito às características e tradições da terra, impondo a sua exclusiva forma de encarar a cidade, mas contará com a nossa oposição se não forem salvaguardados alguns aspectos que muito dizem ao Povo de Olhão.
De qualquer das formas apresentar um estudo elaborado por um qualquer arquitecto sem ter em conta o que pensa a população no geral, é demonstrativo da sua postura anti-democrática. Outro que fosse ele, promoveria uma discussão publica, séria e franca, sem subterfúgios.
REVOLTEM-SE, PORRA!

3 comentários:

Anónimo disse...

Só obras para beneficiar os amigos e quem apoiou a campanha.
Não tarda muito e veremos o que vai sair da zona ribeirinha.
maná maná isso é musica para os meus ouvidos$$$$$$.

Atento disse...

como é possível querer correr com os pescadores do porto de abrigo do T se nnão tem dinheiro para mandar cantar um cego pois só de ordenados a CMOlhão paga quase metade do orçamento anual
Sabiam que o número de funcionários públicos na cmolhão é de 536 funcionários que custam:
10 333 860€

Anónimo disse...

Duas senhoritas ja foram suspensas em Abril 2016. A comunicacao social noticiou que estao em liberdade e a espera de julgamento sob termo de identidade e residencia, com proibicao de entrar nos edificios da camara e de contactar outros funcionarios do municipio.

Carissimos e Carissimas

estou com todos/as os que sao a favor de uma limpeza na CMO e de publicitar os nomes das duas fulanas detidas e constituidas arguidas.

Como se chama a tal chefa que foi presa e como se chama a fiscal sua subordinada?

No gabinete dos fiscais no edificio da Camara estao la duas secretarias desocupadas. Alguem que publique o nome dessas mafarricas se faz favor, isso sim seria servico publico.

Nao deixem morrer este assunto! Obrigado a todos os que gostam de ser livres!