domingo, 8 de maio de 2016

RIA FORMOSA: UM AMBIENTE DE TRAMPA!

Junto à Ria Formosa existe um conjunto de ETAR, o que é desde logo o prenuncio de mau ambiente e por isso consultámos os sites da entidades publicas ligadas ao ambiente e constatámos que a maioria deles, está completamente desatualizada, sejam eles da Aguas do Algarve, da Agência Portuguesa do Ambiente, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional ou das autarquias.
Ninguém sabe dizer qual a qualidade do ar que respiramos nesta parte do território que se julga português. São anos sem resultados analíticos, embora se saiba que as ETAR são autenticas fabricas de produção de metano.
A Aguas do Algarve, sabendo o que as suas ETAR estão fazendo no meio aquático, doce, salobro ou salgado, deixou de publicar as analises a que está brigada por legislação, comunitária e nacional, desde Agosto de 2014.
Na Agência Portuguesa do Ambiente encontramos paginas de programas, orientações e outras que mais já fora de prazo há anos, com documentos reportados a 2008.
As autarquias têm as suas publicações obrigatórias atrasadas semanas e nalguns casos meses.
Tudo é feito em conjugação para evitar um Povo informado, utilizando a ignorância como instrumento de uma exploração cada vez maior.
A Ria Formosa é um eco-sistema muito dependente da qualidade ecológica das suas aguas mas também do ar que respiramos, sendo indispensável uma correcta informação para que as comunidades residentes possam manifestar o seu descontentamento.
Nunca nos cansaremos de repetir que as ETAR são o principal foco de poluição da Ria, que associadas aos esgotos directos sem qualquer tratamento, são a causa de degradação ambiental, social e económica de quem vive e trabalha aqui. Daí a omissão da informação, particularmente das monitorizações das ETAR mas também daquelas que a Agência Portuguesa do Ambiente tem vindo a fazer aos esgotos directos, pelo menos em Olhão, mal se percebendo porque não são feitas em Faro ou Tavira, concelhos que têm o mesmo tipo de problemas.
A pouco mais de um mês do fim das concessões dos viveiros de ameijoa e apesar de elaborado, não se encontra publicado o Regulamento do Concurso (leilão) programado para fazer mudar de mãos os ditos viveiros. É certo que o Regulamento aprovado, dizem destinar-se aos terrenos devolutos, induzindo mais uma vez os viveiristas em erro.
O leilão é aplicável a todas as explorações de culturas marinhas, sendo que os actuais concessionários foram chamados a declarar se pretendiam ou não exercer o direito de preferência, razão pela qual todos deviam pensar que as parcelas que agora utilizam irão ser submetidas a concurso (leilão). E devem reflectir também no facto de qualquer cidadão comunitário  poder participar nesse leilão,fazendo ofertas que os actuais concessionários, já descapitalizados, não poderão acompanhar. Para um cidadão estrangeiro, é mais fácil e seguro pagar à Agência Portuguesa do Ambiente do que estar a comprar uma eventual transferência.
Como se não houvessem problemas em demasia na Ria Formosa, temos a interdição da apanha de bivalves, decretada pelo IPMA, que agora abriu para a ameijoa boa, mantendo a interdição para as outras espécies. Também aqui devemos deixar um alerta, já que a periodicidade com que são feitas as analises, pode determinar a interdição já depois de ter passado o período de contaminação por biotoxinas.
Certo é que as associações representativas do sector estão caladas, tal com os edis que em representação  e defesa das suas comunidades já se deviam ter pronunciado, dizendo a verdade e explicando que correm o sério risco de vir a perder toda uma vida de trabalho numa actividade que passou de avôs para pais e filhos. O esconder uma situação tão grave quanto esta é susceptivel de criar uma crise social de proporções incalculáveis, com os viveiristas a terem o direito a manifestar toda a sua indignação  e revolta se os seus interesses não forem salvaguardados.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

Estamos quase a chegar ao motivo porque a verdadeira associação de viveiristas e ma-
riscadores APAA e organização de produtores CARA foram pela FORÇA eliminados. Tudo o
que tem acontecido nestes ultimos anos foi previsto e divulgado.Não foram só os vivei-ristas e mariscadores os prejudicados e está bem presente o que está a aomtecer a esta
Região de Portugal (tudo divulgado que aconteceria).Aguardem um momento.

Anónimo disse...

Lançar aguas sujas nas sargetas, provenientes de limpesas de restaurantes, pinturas de
casas, etc., etc. são punidas por Lei e o sector da GNR ambiente para a Ria Formosa
tem feito milhares de multas na àrea da Ria Formosa, o valor deve ser suficiente para
liquidar os ordenados do pessoal daquela area nestes ultimos anos e graças a isso não
temos, praticamente. poluição na Ria Formosa.