sexta-feira, 29 de agosto de 2014

OLHÃO: DEFICE DEMOCRATICO DA CÂMARA E NOS PARTIDOS

Que a Câmara Municipal de Olhão tem acusando um défice democrático, recusando sistematicamente a participação do Povo nos processos de decisão, no acesso aos documentos e a perseguição a quem os denuncia, já nós sabíamos.
O que não sabíamos era o modo de funcionamento dos partidos no processo de decisão, mas a discussão recente em torno do Relatório de Avaliação da Execução do PDM, veio pôr a descoberto.
No órgão Câmara Municipal estão representados quatro partidos, PS, PSD, CDU e BE e a todos os eleitos foi distribuído o Relatório, sendo que apenas o representante do BE fez chegar ao seu partido os documentos a discussão.
A própria Comissão Concelhia do PS não teve acesso ao relatório nem dele tinha conhecimento, quando era suposto que os órgão do partido se pronunciassem sobre o tema, definindo a estratégia partidária. Tal não aconteceu, como não aconteceu com o PSD ou a CDU.
Ou seja, os eleitos, porque nessa qualidade se acham superiores e detentores da razão e verdade absolutas, tomam as decisões que entenderem tomar, mesmo que tal contrarie a politica dos partidos que representam, sendo o caso mais flagrante o que se passa na CDU de onde sabemos o seu representante volta e meia ser chamado à razão pelas suas tomadas de decisão.
Os eleitos esquecem-se que só o conseguiram por integrarem as listas dos partidos e não por mérito individual, pelo que devem consultar e explicar aos respectivos partidos a sua actividade autárquica, particularmente com as decisões a tomar no principal órgão, a Câmara Municipal.
Muitas das decisões tomadas em sessão de Câmara têm de ser submetidas à Assembleia Municipal pelo que deveriam ser amplamente discutidas no seio partidário por forma a que o sentido de voto não correspondesse a um mero apoio institucional mas estratégico no órgão deliberativo.
Se já antes viramos divergências quanto à aprovação da aplicação da renda apoiada, vimos-lo também agora quanto às pretensas demolições na Zona Histórica.
O presidente da APOS, mal tratado na sessão de Câmara, teve acesso ao documento por caminhos invios e ainda que eleito pelo PSD para a Junta de Freguesia de Olhão, não recebeu o apoio nem a defesa do seu "colega" Eduardo Cruz que permitiu ao palhaço em presidente. o enxovalho, num claro indicio de que no PSD também não foi dado conhecimento.
Para quê partidos destes se as decisões são pessoais?
Mas também verificamos que, sendo uma das competências das Juntas de Freguesia, a participação na elaboração destes documentos, nenhuma delas foi ouvida, apesar de afectar todas elas.
Secretismo do órgão Câmara, secretismo do presidente, secretismo dos vereadores, tudo em nome do bem estar sócio-económico e ambiental, mas sempre contra os mais desfavorecidos da sociedade e em beneficio de interesses obscuros.
Que raio de merda de democracia é esta?
REVOLTEM-SE, PORRA!

4 comentários:

Anónimo disse...

roubiolhao avisa para nova taxa ja em outubro

Anónimo disse...

O Prof. Ivo não passa de um apparatchik manhoso de um partido de extrema esquerda que forçosamente tem que reportar aos escritórios centrais em Lisboa. Francamente acho isto tudo completamente esquizofrénico por parte do BE e dos seus membros, que para além de esquizofrénicos tem um perfil marcadamente maníaco depressivo em tudo querer controlar e validar. Pensava que esta cultura tinha morrido com o fim da ex-URSS e da Revolução Cultural na China. Pelos vistos continua no BE em Portugal e na Coreia do Norte. Por muito que custe a certas pessoas, a CDU, o PS e o PSD marcaram pontos pela positiva ao decidirem autonomamente um documento tão importante como o PDM de Olhão, a verdadeira Magna Carta do Concelho, e numa votação histórica que juntou de forma responsável a CDU, o PS e o PSD.

Anónimo disse...

DEVIAM TER ASSISTIDO Á REUNIÃO PUBLICA DA C.M.DE FARO NA QUINTA FEIRA PASSADA.NO PONTO DE ALTERAÇÃO DO PDM DE FARO NA ZONA DE MONTENEGRO PARA PERMITIR Á CÂMARA CONSTRUIR MAIS ANDARES PARA PODER ALOJAR OS PESCADORES QUE VÃO SER CORRIDOS DA PRAIA. O PS DISSE QUE IRIA VOTAR CONTRA SE O BACALHAU NÃO TIRASSE A FRASE QUE NÃO IRIA FICAR NEM UM PESCADOR SEQUER NA PRAIA. O PCP DISSE QUE IRIA VOTAR A FAVOR. AÍ O PS ATIROU-SE AO PCP DIZENDO QUE SEMPRE QUE O PS VAI VOTAR CONTRA O PCP APROVA AS PROPOSTAS DA DIREITA DANDO-LHE A MÃO. OS PESCADORES QUE ENCHERAM A SALA FICARAM BOQUIABERTOS COM A POSIÇÃO DO PCP E HOUVE ALGUNS QUE DISSERAM QUE NÃO MAIS VOTAVAM NO PCP. fOI A POLITICA NO SEU PIOR E OS PESCADORES VIRAM EM QUEM ANDARAM A VOTAR NESTES ANOS. SENTIRAM-SE ATRAIÇOADOS PORQUE ASSISTIRAM À REUNIÃO QUE TEVE QUE AQUELE PONTO PARA VOTAR NA REUNIÃO PÚBLICA PORQUE É DE LEI, SENÃO TINHAM FEITO TUDO ÁS ESCONDIDAS DO POVO.

Anónimo disse...

Caro Anónimo de 1 de Setembro de 2014 ás 11:11 horas; face à sua estonteante erudição e experiência politicas, só me resta dizer a não menos erudita e enigmática frase que a todos nós intriga desde crianças, que invariavelmente usamos quando somos confrontados com algo realmente superior e avassalador, como é o caso do seu comentário, que é o eterno;
, " e depois, morreram as vacas, e ficaram os bois "!!