O Relatório de Avaliação da Execução do PDM de Olhão tem um ponto especifico sobre a economia mas deixou de fora o sector do Turismo para dele tratar em separado, como se pode nas imagens acima.
Já o dissemos varias vezes, nada temos contra o Turismo mas sim quanto à forma como ele é visto ou analisado e as repercussões que tem na economia local.Em http://olhaolivre.blogspot.pt/2014/05/algarve-o-mito-realidade-e-destruicao.html desmontávamos as grandes vantagens do turismo para as contas publicas.
Na verdade o concelho de Olhão, no contexto do Algarve, apresentava os melhores resultados na balança de importações-exportações, sendo dos muito poucos que apresentava um saldo positivo, fruto da actividade conquicola. Ao contrario, Albufeira, a pérola turística da província apresentava um défice enorme a que não será alheio o excesso de oferta turística, consumidora num País que nada produz.
Os investimentos públicos são completamente desproporcionais aos proveitos da actividade e como se isso não bastasse, a sazonalidade do sector onera ainda mais as depauperadas contas publicas, quando lança no desemprego milhares de pessoas, pelo menos durante metade do ano, que têm direito a receber o subsidio de desemprego.
Promover actividades sazonais não será certamente o melhor caminho no sentido do desenvolvimento sócio-económico. Mas ainda assim não somos contra o turismo, embora saibamos que para a promoção turística a autarquia vai-se empenhar ainda mais com os otarios a pagar.
O Relatório da Câmara aponta para as dificuldades de acesso às ilhas barreira como factor limitativo do desenvolvimento turístico balnear. Parece que a Câmara Municipal de Olhão esquece que existem outras formas de turismo como o gastronómico ou o cultural, mas percebemos bem as reais intenções que estão por detrás das opções camarárias.
Diz-se que o concelho tem apenas três hotéis, o Colina Verde com problemas na justiça, o Real Marina com a celebre "venda" de terrenos, e a Quinta dos Poetas, para se propor um novo conceito territorial e urbanístico.
Curiosamente, neste item, vem aludir-se aos sapais como um atractivo turístico, quando na Fuzeta o sapal é encarado, pelos mesmos, como um problema de saúde publica. Quem entende esta cambada?
Mas então, porque se vem defender, em separado a pérola turística?
Como todos sabemos, é no sector turístico-imobiliário, a par dos negócios do alcatrão, que fermenta a corrupção, gerando ganhos para quem aprova as construções em espaços onde não se podia construir. A revisão do PDM poderá permitir a construção em terrenos onde até agora não se podia fazer, mas os detentores da informação privilegiada podem desde logo fazer chegar aos ouvidos dos amigos e camaradas os locais onde no futuro será permitida a construção. É que os actuais proprietarios, desconhecedores da futura edificabilidade dos seus terrenos, estará disponível para os vender ao preço da uva mijona, dando aos compradores a possibilidade de mais valias mirabolantes, muitas das vezes não declaradas.
Essa é uma das razões para que todos estes documentos fossem tornados públicos como todo o processo de revisão, e todos tivessem conhecimento onde, como e quando será possível a construção, seja uma casa ou um hotel.
Que negociatas prepara a Câmara Municipal de Olhão com a revisão do PDM?
1 comentário:
Os ignorantes da CMOlhão, falam falam em turismo mas nem sequer conhecem a oferta Hotelira do Concelho.
Talves por não mamarem nas tetas todas,
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