domingo, 8 de março de 2015

A RIA FORMOSA NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


No Dia 8 de Março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de Março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Republicamos  texto de há um ano e que poder ser lido em http://olhaolivre.blogspot.pt/2014/03/viva-o-dia-internacional-da-mulher.html.
Nos dias de hoje, o tipo de problemas que as mulheres enfrentam são em tudo idênticos aos do passado, exceptuando a carga horária, com as mulheres a sofrerem na pele os efeitos da exploração do capitalismo selvagem que se apoderou da Europa comunitária e do nosso País.
O desenvolvimento de uma sociedade mede-se pela qualidade de vida da sua população e não pelo enriquecimento desmesurado e ganancioso de sectores da classe dominante, numa retribuição do trabalho cada vez mais gritante, com o actual governo a promover o acentuar das desigualdades entre classes e entre homens e mulheres.

A classe dominante tudo faz para desvirtuar o significado deste dia de luta pela libertação da mulher, transformando-o num dia de festa com objectivos comerciais e de desviar a atenção dos problemas do dia-a-dia.
Salários, reformas, educação, saúde e habitação para as mulheres trabalhadoras, são nos dias que correm uma afronta que todas as mulheres podem e devem combater, se quiserem dar um futuro melhor para os seus filhos e netos.
Foto abaixo retirada do C.M.on line.
 

No caso da Ria Formosa, têm sido precisamente as mulheres, o extracto mais combativo e lutador não só contra as demolições mas também contra os crimes ambientais promovidos pela administração publica com consequencias malignas para o desenvolvimento económico e social.
A fotos abaixo foram  retiradas da página do f.b. de Marina Jorge
 
Por isso, daqui a minha sincera homenagem a todas as mulheres no geral e em particular para aquelas que vivem e labutam na Ria Formosa, incentivando-as à continuação da luta sem desfalecimentos.
VIVA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

1 comentário:

Anónimo disse...

Um bem haja para todas as mulheres - mães da humanidade.
Na Ria Formosa, em particular pelo bom senso da excelente liderança- bem haja Silvia Padinha.