quarta-feira, 11 de março de 2015

RIA FORMOSA: A PETIÇÃO DA TRAIÇÃO

Na passada quarta-feira, pretendendo alterar o rumo dos acontecimentos e tirar alguma credibilidade às propostas de resolução apresentadas pela oposição, a maioria parlamentar apresentou a sua própria proposta que por razões regimentais não podia ser discutida.
As propostas de resolução foram votadas e chumbadas por esta maioria, mas porque a sua proposta não foi discutida. logo pensou em contornar o assunto e ganhar dividendos ocultos, o que aliás é habitual nesta canalha politica..
Arranjaram então um traidor que se dispôs a vender os seus transformando-o em promotor de uma petição que, excepção feita ao pedido de demolições, em tudo o mais está em conformidade com a proposta de resolução da maioria parlamentar.
Quem encomendou esta traição sabem bem o que fez. Primeiro porque o pedido de paragem das demolições não está suportado em legislação alguma, não tem qualquer fundamentação e como tal não merece sequer ser discutido e isso dá um jeitão á maioria parlamentar. Em segundo lugar, porque fazer uma petição sem qualquer fundamentação, é estar a banalizar um direito que deve ser melhor utilizado e fundamentado para alem de esta ter sido feita a través da avaaz, uma organização à escala global e como tal com uma enorme possibilidade de colher milhares e milhares de assinaturas.
O governo agradece esta excelente oportunidade de destruir a capacidade e o efeito das petições feitas através da avaaz.
Para quem tenha duvidas, leia e releia os termos da petição e compare com a proposta de resolução da maioria parlamentar. Se retirarem o ponto 4 da proposta de resolução e o substituírem pelo pedido de paragem das demolições, então são em tudo iguais, até na promoção da carta europeia de turismo sustentável, o tal turismo que está na origem destes problemas todos.
Portanto quem encomendou o serviço tinha a consciência do que ia provocar; quanto ao promotor da petição, convido-o a retirá-la para não prejudicar ainda mais os seus.
Compreendo e lamento a situação dos moradores das ilhas barreira mas não posso deixar de chamar a atenção para o facto de ser nas situações mais difíceis que têm de manter a calma, a lucidez, o discernimento. Embarcar na primeira aventura que lhes aparecer pode ser fatal e a assinatura desta petição foi um tiro nos pés.
Reparem que uma petição terá tanta mais força quanto o numero de associações subscritores. Então porque foi lançada a petição individualmente? Devem agora manifestar-se junto da avaaz e protestar dizendo-se enganados pelo facto de a petição não salvaguardar, as populações, o ambiente, o desenvolvimento económico e social, servindo apenas os interesses do governo. Denunciem a petição como oportunista.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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