terça-feira, 10 de março de 2015

RIA FORMOSA E O ROUBO DO GOVERNO

Em 1986, Portugal entrou para a Europa comunitária, sem que fosse feito qualquer referendo, e pelas condições geográficas e climáticas considerado a zona de lazer por execelencia. O jardim da Europa da troco da destruição do sector produtivo que nos haveria de levar à falência. Para o "sucesso" dessa alucinação tornava-se necessário a construção de empreendimentos turístico-imobiliários nas zonas mais apetecíveis, mas também as mais protegidas.
Em 1998 foi apresentado o primeiro projecto de um eco-resort para a ilha da Culatra, núcleo do Farol. Era ministro do ambiente o actual aluno nº 44 do Instituto Superior de Reeducação de Évora, que naquela condição ajudou a promover uns empreendimentos, leia-se negócios, ambientais na Cova da Beira.
À época, os POOC eram da competência do INAG, extinto pelo actual governo, mas no caso da Ria Formosa, foi entregue ao ICN a elaboração do respectivo POOC. Enquanto a preocupação dominante do INAG eram os recursos hídricos a do ICN eram os lagartos, os passarinhos e quem sabe algumas cobras vivas para satisfação do então ministro do ambiente.
Não foi por acaso que a elaboração deste POOC foi entregue ao ICN. É que havendo um projecto, para aquele local, primeiro era necessário correr com as pessoas. Está bom de ver que se o fizessem para de imediato substituir os actuais moradores por elementos estranhos, criariam um burburinho de todo o tamanho. Daí o arranjar de uma justificação ambiental que já se viu mal suportada, porque as casas não impedem nem o passarinho nem as cobras vivas.
Em 2005, já com o aluno nº 44 em primeiro ministro, foi aprovado o POOC e em 2009 dá-se a aprovação do POPNRF. As contradições destes dois planos de ordenamento são de bradar aos céus. Uma zona de produção de bivalves é classificada como zona de interdição da presença humana, o que bastaria para correr com os produtores daquela zona. Criaram uma zona de fundeador num canal secundário onde só podem navegar barcos de pesca ou modus náuticos até nove metros. Então e como é que barcos com mais comprimento do que isso, vão para lá? De helicóptero? 
De desculpa em desculpa, os nossos governantes vão destruindo tudo completamente alheios e insensíveis às populações locais. A ultima, é de que não podem parar as obras porque teriam de devolver o dinheiro à CEE e pagar uma multa.
Os nossos governantes esquecem-se da enorme quantidade de obras que já suspenderam, indiferentes às consequencias, mas basta olhar para o pé da porta para vermos tratar-se de mais uma mentira. A requalificação da Estrada Nacional 125, não só esteve parada como parte dela já não se faz; a obra de saneamento básico e agua das ilhas barreira para Olhão passou a provisória mas ficou nesse estado há seis anos. E muitas outras podíamos falar, mas basta-nos estas, porque a suspensão do processo de demolições ronda os cinco, seis milhões e qualquer uma das outras são de dezenas ou até mesmo centena de milhões de euros. Não é, pois pelo dinheiro e mesmo que assim fosse, o governo devia lembrar-se que somos nós que estamos a pagar o gamanço do BPN, o banco do actual governo e do presidente da Republica, o BPP, o banco dos ricos e mais recentemente o BES da família de gatunos Salgado.
É o Povo a pagar todas as facturas, as suas, as dos outros mais as do governo e vem este gang que governa o País falar de dinheiro? Vão roubar para outro lado!
O que estão fazendo aos moradores das ilhas barreira é um autentico roubo.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

o aluno 44 tem nome e chama-se socrates pode ter feito muito cambalacho mas não fez sózinho e em Olhão à conta desse aluno houve xuxas,bem conhecidos que encheram as marmitas,não de Coelho, mas de notas de 500€.

Anónimo disse...

Em 1998 o Ministro do Ambiente era uma Ministra - Elisa Ferreira. Não embrulhem as coisas...
Quanto ao POOC, foi todo negociado pelo PSD - ou alguém acredita que o governo que tomou posse em Março/Abril teve tempo até Junho para fazer um POOC diferente daquele que já estava?