A nossa juventude apresenta-se como sendo a geração com mais qualificada de sempre, o que não impede que seja também a mais sacrificada.
Depois de anos a queimar as pestanas sobre os livros e dos sacrifícios dos pais, a nossa juventude não consegue arranjar trabalho apesar de ostentar títulos que mais não passam de um passaporte para emigrar, porque o seu País não é capaz de dar um combate eficaz ao desemprego.
A juventude não tem qualquer perspectiva de um futuro condigno com as suas aptidões, essa é a realidade, exceptuando-se uma certa pequena mediocridade que se refugia nas jotas dos partidos do arco da governação, na mira de uma oportunidade de um tacho no aparelho de Estado.
Já aqui fizemos referencia ao facto de o País precisar urgentemente de apostar no sector produtivo. É o sector produtivo que pode gerar trabalho mais e menos qualificado, é o sector produtivo que pode criar riqueza.
Se queremos uma agricultura moderna e competitiva precisamos de gente qualificada nos seus quadros; se queremos uma pesca moderna e competitiva também são precisos quadros qualificados; se queremos uma indústria moderna e competitiva precisamos de quadros qualificados. E em todos as suas vertentes precisamos de pessoal menos qualificado. O mundo da produção é a única solução para se sair da atrofia que nos impuseram.
De nada serve estarmos a criar qualificação se depois não temos onde a aplicar, com a agravante da falta de produção provocar o recurso à importação de bens que dantes produzíamos.
O nosso País tem as melhores condições geográficas e climáticas para obtermos níveis de produção muito elevados, com capacidade de exportação, mas apesar dessa riqueza, não passamos de um País empobrecido.
E não saímos deste torpor, porque por detrás das decisões daqueles que nos têm governado, PS, PSD e CDS, está a omnipresente União Europeia a ditar as regras do jogo. Foi a UE quem deu o dinheiro para o abandono da agricultura em lugar de dar dinheiro para a sua modernização; foi a UE que deu o dinheiro para o abate da frota de pesca em lugar de apostar na sua modernização; foi a UE quem ditou o encerramento de muitas e muitas industrias. Tudo isto para salvaguardar os interesses das grandes potencias europeias.
É assim que assistimos a pessoal altamente qualificado a trabalhar nas caixas dos hipermercados ou num qualquer call center.
Para assegurarmos um futuro condigno à nossa juventude é preciso acabar com esta subserviencia aos interesses europeus e recuperarmos a nossa soberania. Só assim podemos retomar a produção como factor de criação de trabalho e riqueza, desenvolver o País económica e socialmente.
Cabe à juventude organizar-se e dar luta ao modelo económico, ao sistema que nos impuseram. Os partidos do arco da traição também sabem isso e vão procurar abocanhar o movimento de contestação da juventude quando ele aparecer, como têm feito no passado. Pelas suas caracteristicas só um partido como o PCTP/MRPP,descomprometido com o Poder e o único que ousa dizer claramente Não ao Euro, Pela Saída da UE e pelo Não Pagamento da Divida, está em condições de dar uma perspectiva de luta correcta à nossa juventude.
Por isso, voto no PCTP/MRPP!
Vota PCTP/MRPP!
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