O Hotel Porta Nova foi construído em 2003 e remodelado em 2009 pelo então grupo Varanda Hotéis, hoje MGE Hotels, detentora, para alem deste dos hotéis Balaia Atlântico e do Paraíso de Albufeira.
Em 2013, o Porta Nova, devido à crise que grassa no sector hoteleiro, foi posto à venda num site inglês por dezassete milhões e meio, uma forma de dotar a MGE de dinheiro para garantir o funcionamento do grupo.
Não o tendo conseguido presume-se, porque a mentira prevalece em todo o processo, que o grupo venha a passar dificuldades de tesouraria, embora mantivesse os salários dos trabalhadores em dia, o que pode explicar algumas dificuldades com a entidade bancaria credora, que durante a semana ocupou as instalações, pondo na rua administração, trabalhadores e clientes.
Para consumar a ocupação, o Novo Banco, a entidade credora, usou de um conjunto de seguranças, um meio violento, para a tomada de posse do hotel.
Tanto quanto sabemos, o vulgar cidadão que utilize tais meios para tomar como seu a posse seja do que for, é ou pode ser confrontado com procedimento criminal, mal se percebendo porque razão, os responsáveis do Banco o não sejam. Ou a Banca goza de direitos privilegiados para agir onde, quando e como quiser?
O Novo Banco, é para todos os efeitos, um banco publico, no qual foram injectados milhares de milhões confiscados aos rendimentos dos portugueses. E sendo publico, a ocupação do hotel mostra bem até vão os desígnios do actual Poder politico, que não olha a meios para alcançar certos objectivos. Uma entidade de bem, mandaria o processo ao Tribunal e apresentar-se-ia no hotel acompanhado de um funcionário judicial, devidamente munido de um mandato para a tomada de posse, e se necessário de uma escolta policial, mas nunca, escoltado por seguranças privados.
Mas falta dizer, até onde vai a mentira neste imbróglio, por parte da MGE. É que o pessoal pertence aos quadros do Balaia Atlântico que os cede à Algartematico que operava no Porta Nova. Curiosamente a Algartematico tem morada no outro empreendimento da MGE, no Aparhotel Paraíso de Albufeira. Coincidencias? Trapalhadas, dizemos nós!
Num País que se diz ser um Estado de Direito Democrático, como é possível haver empresas a trabalhar com este modus operandi? Não sabemos se será o caso, mas desde quando se permite que uma empresa crie uma outra, sem património ou algo que possa vir a ser considerado como massa falida, para proceder á contratação de pessoal?
Com a presente acção, foram despedidos cerca de quarenta trabalhadores, a quem ninguém garante o pagamento das respectivas indemnizações e ainda se vem apresentar como vitima do processo.
Por outro lado, se tivermos em conta a recente venda da Tertir, concessionaria do serviço publico de operação dos terminais portuarios a capitais turcos, por parte do Novo Banco e que lhe valeu 60 milhões de euros, percebe-se que a ocupação do Porta Nova visa a sua venda, podendo até já ter comprador assegurado, quem sabe também a capitais estrangeiros.
Certo, certo, é que os únicos inocentes deste filme, são chamados a pagar a factura das mentiras e golpadas de uns e outros, lançando no desemprego os trabalhadores.
REVOLTEM-SE, PORRA!
1 comentário:
Típico de um filme de gângsteres e habitual num país em que a lei não é igual para todos.
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