Já por diversas vezes que abordámos o tema da pesca e nunca será demais, tendo em conta tudo que preparam para o sector, com a cumplicidade de instituições publicas e da ciência, não para proveito da população em geral mas para grupos de interesses.
Desde logo recuperamos as declarações da Ministra Cristas a propósito em http://www.tvi24.iol.pt/politica/roteiro/assuncao-cristas-quer-estrangeiros-no-mar-portugues.
A Lei de Bases de Ordenamento do Espaço Marítimo, foi cozinhada entre o PS; PSD e CDS no parlamento nacional. Ao mesmo tempo, aprovavam, no Parlamento Europeu, a criação do Mar Europeu, que no fundo é o nosso mar, entregando de mão beijada a soberania do nosso mar aos grandes interesses económicos.
A UE, de há muito tempo a esta parte que vem defendendo a aquacultura como alternativa à pesca excessiva, uma grosseira mentira, já que por cada quilo de peixe produzido em aquacultura se consomem 4 quilos de outras espécies, fazendo com que na prática, esteja a intensificar a pesca das espécies que vão servir de alimento ao peixe de aquacultura.
Deste modo, privam-se os consumidores mais pobres do peixe mais acessível, e de tal forma que serve de alimento para outros, para o substituir por espécies de maior valor, como o pregado ou a corvina, apenas obedecendo á lógica do lucro, que não da satisfação alimentar das populações.
O argumento invocado de combate ou alternativa à pesca excessiva esbarra ainda noutro facto; é que as zonas de pesca estão divididas de tal forma que a pesca mais próxima da costa se destina à pesca artesanal, ficando a mais afastada para barcos com maior capacidade e autonomia e que por isso precisam de apanhar maiores quantidades para fazer face às despesas.
Para convencer da bondade das suas propostas, o poder politico não se coíbe de recorrer à ciência para justifica as suas decisões. E tanto faz que sejam institutos ou universidades, pondo estas a trabalhar, também elas de acordo com a visão do negocio que não da satisfação das necessidades alimentares das populações.
Tivéssemos nós outras instituições, menos politizadas e os estudos seriam centrados para a possibilidade do repovoamento do meio natural, isto é, depois da reprodução assistida, já feita em cativeiro, arranjar solução para que os juvenis possam ser largados no meio selvagem, à semelhança do que é feito com outras espécies animais, promovendo a pesca controlada com períodos de defeso.
Não podemos nem devemos omitir também para os excessos cometidos por alguns armadores/pescadores praticantes de pesca intensiva, ainda que artesanal, que põem em causa os stocks.de algumas espécies.
Certo é que o que está na forja, é a ocupação de uma grande parte da costa por aquaculturas que vão ocupar o mar da pequena pesca artesanal.
Os pescadores devem manifestar junto da canalha politica toda a sua indignação e revolta, não permitindo a entrega do nosso mar aos interesses estrangeiros como pretende a ministra.
A UE continua a perseguir os pescadores portugueses, não lhe bastando já ter promovido o abate da maior parte da nossa frota de pesca.
REVOLTEM-SE, PORRA!
PELA SAÍDA DA UE!
Sem comentários:
Enviar um comentário