segunda-feira, 5 de outubro de 2015

TORMENTA A CAMINHO!

Contados os votos e distribuídos os mandatos, reconheça-se que a Coligação Portugal à Falencia foi o mais votado, pese embora o facto de ter perdido vinte e cinco mandatos e mais de 700.000 votos. A concentração de votos, conjugada o beneficio dado pelo método de Hondt aos maiores partidos não traduz a verdadeira dimensão do que seria se tivessem concorrido separados, determinando uma maior perda de mandatos. Mas ganharam!
Já o PS embora ganhe 8 mandatos, apenas vê crescer o numero de eleitores em 182.050, bastante menos que o BE que vê aquele numero aumentar 260.947 votos, a que correspondem mais 11 mandatos, tornando-se no grande vencedor destas eleições, a par do PAN, que elege um deputado.
A CDU também vê crescer cerca de 4000 votos e mais um mandato, enquanto o meu partido perde cerca de 4% de eleitores em relação ao ano de 2011, o que representa uma pesada derrota, que terá de ser analisada internamente.
Mas atenção, que nada está resolvido, pelo contrario, a situação complica-se cada vez mais, com estes resultados, seja lá qual for o governo que dele sair.
É que um governo minoritário da Coligação tem os dias contados a prazo, sujeito a cair à primeira moção de censura. Perante isso, e com o apoio da UE que impõe a livre circulação de capitais, deveremos assistir à  sua fuga, fragilizando ainda mais o País, num processo em tudo idêntico ao da Grécia. Para os capitalistas, pouco dados a actos de patriotismo, é bem possível que ponham o dinheiro em porto seguro, numa daquelas off-shore que em 2008 diziam querer acabar.
Não nos parece que o PS esteja disponível, até porque faz parte de uma das famílias politicas na UE, para a formação de um governo de combate à austeridade, que também se sabe, tem sido um desastre para o País e para o Povo.
É que, a divida continua a aumentar, fruto da falta de produção que nos obriga a importar os bens que podiam ser produzidos internamente. E quando o dinheiro que sai, é mais do que aquele que entra, só nos resta criar divida em cima de divida. Como tal, é essencial começarmos a produzir, mas isso iria contra os interesses das grandes potencia europeias nos domínios da agricultura, da pesca e da industria.
Ou seja, caminhamos a passos largos, para mais austeridade, um novo resgate e mais e mais imposições da UE e da srª Merkel.
Sem sairmos do Euro, da UE e rejeitarmos o pagamento da divida, na parte que venha a ser declarada ilegítima, ilegal ou odiosa, jamais recuperaremos a nossa liberdade e soberania.
Por isso, torna-se necessário alargar a frente de batalha pela SAÍDA DO EURO, da UE e pelo NÃO PAGAMENTO DA DIVIDA.
A LUTA CONTINUA!
REVOLTEM-SE, PORRA!

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