Realizou-se, recentemente, mais uma exposição da Mar Algarve, mais uma daquelas associações que se prestam a prestar vassalagem ao governo e a servir de correia de transmissão das suas ideias para o desenvolvimento do País, nomeadamente nos assuntos relacionados com o mar.
E como não podia deixar de ser, o principal artista convidado, foi o secretario de estado do mar, um tal Pinto de Abreu, a quem a pesca incomoda muito e que vê no mar um mundo de oportunidades de negócios onde não cabem os pescadores.
Não teríamos qualquer pejo em apoiar iniciativas do género desde que contemplassem as actividades já existentes e procurassem o seu desenvolvimento e modernização. Mas não foi isso que aconteceu.
Como se pode ver em http://barlavento.pt/economia/trabalhar-no-cluster-do-mar-vai-ser-quase-tudo-menos-pesca muito se falou do cluster do mar, mas nada se disse da pesca, embora se falasse de transformação do pescado, talvez importado. A pesca é o parente pobre para esta cambada que pretende modificar por decreto, o modo de vida das populações. E de tal modo que no texto do jornal, se pode ler que "O seminário, organizado no âmbito da «Mar | Algarve», teve moderação de Carlos Baía, delegado do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). De sublinhar que nenhuma associação ou instituição ligada ao setor das pescas esteve presente."
A conjugação de factos, como o processo que levou à péssima redução da quota da sardinha, os ditames de uma UE cada vez mais ao serviço das grandes economias, acentuando as desigualdades entre Países e Povos, a Lei de Bases do Ordenamento Marítimo, aprovada por PS; PSD, CDS na Assembleia da Republica, a aprovação da criação do Mar Europeu no Parlamento europeu pelas famílias politicas que incorporam o PS, PSD e CDS com o objectivo de confiscarem para italianos, franceses e espanhóis o direito a pescar nas nossa águas, direito que é retirado aos pescadores portugueses, a conjugação de factos, como dizíamos, aponta para a destruição do que resta da nossa frota. A PESCA É UM SECTOR A ABATER!
Sendo nós um dos países que mais peixe consome, passaremos a importar cada vez mais peixe, obedecendo á lógica do aumento progressivo da divida externa, já de si impagável.
Os pescadores e armadores portugueses têm todo o direito a mostrar a sua indignação e revolta contra a UE e os mentecaptos que nos têm governado que conduziram paulatinamente politicas que visavam a perda de força do sector.
REVOLTEM-SE E LUTEM, PORRA!
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