O vídeo acima dá-nos conta do aterro e lixeira que a Câmara Municipal de Faro mantém há anos na zona portuária, sem que o Parque Natural da Ria Formosa tome a mais pequena atitude apesar de em tempos ter feito afixar o cartaz que mostramos na imagem de baixo.
A zona portuária integra, apesar do seu estatuto está integrada em área abrangida pelos Planos de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, do POOC, Sitio de Interesse Comunitário, Rede Natura 2000 e como não podia deixar de ser a rede ecológica.
Apesar disso a Câmara de Faro que tem um estaleiro-lixeira vedado, já de si em violação dos planos de gestão territorial que os não permite, faz do resto do espaço, uma autentica lixeira perante a passividade das autoridades com jurisdição na área.
Aquele espaço, pouco importando a quem pertence a propriedade, integra também o Domínio Publico Marítimo por estar na faixa de 50 metros e que também por isso devia estar obrigado a cumprir com as obrigações daí decorrentes.
Para alem da Câmara Municipal de Faro e da entidade portuária com jurisdição em parte da zona, o Parque Natural da Ria Formosa e a os Serviços Desconcentrados da Agência Portuguesa do Ambiente, a ARH, têm também uma palavra sobre este crime ambiental.
Todas as entidades envolvidas estão ligadas à Sociedade Polis da Ria Formosa, seja porque integram a estrutura accionista ou o conselho consultivo da empresa encarregada da Valorização e Requalificação da Ria Formosa, que não tem nenhum projecto de intervenção previsto para aquele espaço lagunar.
A Valorização e Requalificação da Ria Formosa não só funciona como uma operação de cosmética de lavagem de cara das zonas ribeirinhas potencialmente frequentadas pelo turismo, como varre o lixo para debaixo do tapete, mantendo e escondendo dos olhos do publico esta autentica lixeira "ecológica", fruto dos condicionamentos provocados pela actividade portuária.
Quando a Sociedade Polis tem milhões para destruir e não tem tostões para a limpeza desta nojeira ambiental, é caso para dizer que os seus objectivos, muito escuros, não são na realidade para Valorizar e Requalificar ambientalmente a Ria Formosa, mas tão só espaços ao serviço do turismo que não das populações locais.
Esquecem que turistas somos nós que todo o ano somos vitimas do aumento de preços verificados pela procura turística ainda que sazonal. Somos nós que suportamos isto e depois somos tratados como cidadãos de terceira categoria, marginalizados pelos nossos governantes, pelos nossos autarcas.
Já agora aproveitar para mandar um recado a uns certos ecologistas que vivendo em Faro, não vêem nem nunca viram esta lixeira, talvez porque as associações que integram estejam a receber subsídios do aparelho de estado. Isto é que são ecologistas!
REVOLTEM-SE, PORRA!
1 comentário:
Boas!
Vejam este documentario e depois digam para que serve as organizacoes ambientais.
Cowspiracy: The Sustainability
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