sexta-feira, 22 de novembro de 2013

OLHÃO: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE "ESTRATEGIAS" POLITICAS

Decorreu ontem a Assembleia Municipal com uma extensa ordem de trabalhos e que prometia mais que o foguetório, valendo acima de tudo pela inusitada participação do publico a abrir a sessão.
Das diversas propostas levadas à Mesa, o pedido de auditoria foi chumbado pelo facto de a Assembleia Municipal não poder deliberar sobre matérias que envolvem custos financeiros para o Município, tendo tal proposta que vir da parte da Câmara.
Mas quem disse que não pode ser feita uma "Auditoria", com a participação do publico interessado, sem custos para o Município? As birras provocadas pelas estratégias partidárias, a sede de protagonismo, tem destas coisas. E se os apresentantes da proposta, inviabilizarem o pedido da força que, à viva força, quer impor o protagonismo, em sessão de Câmara e optarem pela solução sem custos e com a participação do Povo interessado?
Quanto a nós, que corremos por fora, optaríamos pela participação do Povo, que é a única hipotese de se saber exactamente onde, quando e como foi gasto o nosso dinheirinho. É certo que se trata de uma opção mais demorada, mais selectiva, mais trabalhosa para quem a apresentar, mas também mais objectiva. Esta opção, para alem da participação do Povo, tem a vantagem de nela se poder apurar divida susceptivel de ser considerada ilegítima, e esse deve ser um dos objectivos. Pôr a pagar quem criou e beneficiou da divida.
A Assembleia Municipal também rejeitou a proposta de declaração de interesses, porque os autarcas podem exercer outras actividades, argumento estranho, porquanto o que falta são escritórios de advogados, partilhados por deputados, que elaboram leis armadilhadas para depois serem chamados a emitir pareceres. A questão não é uma mera questão jurídica mas de transparencia que tem faltado nos órgãos e no pessoal dirigente das autarquias. Quem tem medo da transparencia? Qual o problema da declaração e registo de interesses dos autarcas? O saber-se dos seus negócios? Na verdade, se olharmos para o universo de empresas prestadoras de bens e serviços para as autarquias do concelho, veremos a promiscuidade existente e que importa saber. 
Também a proposta de Regimento da Assembleia Municipal foi rejeitada, sendo substituída pela criação de uma comissão criada ou a criar para esse fim, não se sabendo quando estará elaborado e aprovado o novo Regimento. Talvez para o fim do mandato!
Resumindo tudo, a oposição "maioritária" não se encontra e de uma forma ou de outra, acabam beneficiando o Poder, que sai incólume destas peripécias, quando o mandato popular era o de mudança.
Neste contexto, a "oposição" ou acerta o passo ou cada um às suas, apresentando as suas ideias e denunciando os actos que permitam a continuidade do regabofe.
POR UMA AUDITORIA CIDADÃ À DIVIDA!
PELA DECLARAÇÃO DE ILEGITIMIDADE DE PARTE DA DIVIDA!
PELA RECUSA DO PAGAMENTO DA DIVIDA ILEGÍTIMA!
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

E a malta que for fazer a auditoria é do mrpp, novo rumo ou ja estão a recolher assinaturas e curiculuns?
Com votos não se vai lá.
Qual oposição, gente verdinha p tantos camaleões

Anónimo disse...

Mais um artigo sem vestígios de terramotos!