sábado, 2 de novembro de 2013

OLHÃO: CÂMARA NÃO TEM RESPOSTAS NEM IDEIAS

Nos últimos dias temos assistido aos justos protestos de indignação de pais em torno da situação da escola do Bairro 28 de Setembro e do agrupamento Paula Nogueira, a exemplo do que acontece noutras paragens.
No entanto ainda ninguém parou para pensar a que se deve a presente situação, preferindo apresentar soluções que poderão no futuro ter outro tipo de impacto.
Na verdade a taxa de natalidade vem descendo de ano para ano o que implica que cada vez seja menor o numero de alunos a entrar para o ensino básico; se há mais alunos, deve-se ao alargamento da escolaridade obrigatória.
Por outro lado e mercê dos cambalachos urbanísticos da Câmara Municipal à entrada do novo milénio, o crescimento demográfico foi muito acentuado, mas mesmo assim não é por aí que somos confrontados com o problema.
As grandes assimetrias assentavam na relação entre o interior e o litoral, por uma lado, e o campo e a cidade por outro. Com a integração na CEE e a destruição do sector produtivo, particularmente da agricultura, aquelas assimetrias acentuaram-se, levando a uma migração das pessoas que viviam no campo para a cidade, desertificando o campo, pelo que as escolas foram tendo cada vez menos alunos, até fecharem, dando lugar nalguns casos a negócios, noutros servindo para satisfação de algum clientelismo partidário. E quanto mais serviços públicos de proximidade fecharem, maior será a desertificação.
Acontece que no atoleiro em que nos meteram os principais partidos, aqueles que se revezam no Poder mas também no roubo ao Povo, torna-se imperioso dinamizar, desenvolver a nossa agricultura para a qual temos uma clima de excelência e solos de grande qualidade, faltando apenas os apoios, e aí as autarquias têm um papel muito importante.
Sabemos também que os poderosos interesses urbanísticos, ávidos de dinheiro sem olhar ao resto do Povo, se opõem ao desenvolvimento agrícola como forma de conseguir terrenos ao preço da uva mijona. Aliás o campo está a ser ocupado não para aquilo a que estava destinado mas para uma certa classe de piratas viverem em mansões ajardinadas, apesar dos planos de ordenamento preverem o fim da edificação dispersa.
Com o desenvolvimento agrícola e os postos de trabalho por ele criado, podíamos assistir ao regresso da vida no campo onde faltam depois as infra estruturas agora destruídas pelo Poder.
A questão é saber até que ponto a Câmara Municipal de Olhão e em particular o seu presidente, vão sucumbir perante o emaranhado de interesses urbanísticos ou se pelo contrario querem pôr o campo a produzir e a criar riqueza, apoiando os agricultores interessados.
Portanto a situação criada nas escolas deve-se à aplicação de politicas erradas, a nível nacional, regional ou local, a perspectivas de desenvolvimento falhadas e que devem ser corrigidas quanto antes. 
POR UM CONCELHO DE PROGRESSO E BEM ESTAR PARA O POVO

1 comentário:

Anónimo disse...

Onde anda a oposição?