domingo, 17 de novembro de 2013

OLHÃO: A DIVIDA DA CÂMARA CALOTEIRA

O novo presidente da Câmara Municipal de Olhão, em mais uma acção de propaganda, mandou para a comunicação social regional o levantamento das dividas do grupo empresarial municipal, o que não espanta pois sabe que está a ser confrontado com o pedido de auditoria à gestão autárquica.
A primeira questão que se coloca em relação à divida, é a de saber como foi criada e em beneficio de quem, porque podia ser o dobro ou o triplo desde que dela resultassem benefícios para a população, como criação de empregos sustentáveis, para o desenvolvimento económico e para o ambiente.
É do conhecimento publico local que as ultimas grandes obras levadas a cabo em Olhão, foram o Parque do Levante, o Auditório Municipal e a Biblioteca, comparticipadas por fundos comunitários. No entanto o edil prefere aponta o saneamento básico e a rede de águas como a grande fonte do endividamento. Ora, as obras de saneamento e águas foram efectuadas antes dos elefantes que dão prejuízo, como o celebre Parque do Levante, inicialmente apontado como do Pingo Doce, não se percebendo como o presidente vem agora trocar as voltas e apontar o dedo a situações que já deviam estar pagas.
Esqueceu premeditadamente, o presidente, que em 2007, a Câmara endividou-se em cerca de quarenta e quatro milhões, e sobre isso nada diz. É bom explicar-se que nesse ano, com a autorização da Assembleia Municipal, a Câmara contraiu empréstimos bancários de 22 milhões, dez dos quais para a comparticipação das obras do Auditório, do Parque do Levante e da Biblioteca,e doze milhões para a construção do Bairro da Rua da Armona.
Acontece que aqueles doze milhões não foram utilizados para pagar à construtora, mas porque constavam como dotações no Orçamento camarário foram, com autorização da Assembleia Municipal, desviado para fins diversos daqueles a que se destinavam. Com esta habilidade, conseguiram ficar a dever doze milhões à banca e doze milhões à construtora, duplicando uma divida, sem que para a segunda tivessem pedido qualquer autorização, procedendo antes a transferencias de dotações. E é bom que se diga, que a maioria do dinheiro foi gasto antecedendo e durante a campanha eleitoral autárquica de 2009.
Por outro lado, e em relação às empresas municipais, particularmente a Ambiolhão, fica-se a saber que a divida à Águas do Algarve é de cerca de quinze milhões, omitindo-se que o Povo de Olhão pagou a respectiva factura, e que mais uma vez, numa pratica recorrente, o dinheiro foi desviado para fins diversos daqueles a que se destinariam, talvez tivessem ido para Cuba. No entanto regista-se que tenham renegociado esta divida para o médio-longo prazo, com termo em 2017. Só que, se a Câmara não tem cheta, está mais tesa que um charro seco, o que aliás se vai traduzir no próximo Orçamento com um volume de receitas na ordem dos vinte e três milhões e que do lado da despesa esse valor é absorvido em apenas três parcelas, divida, pessoal e compromissos (cadê o resto?), é mais que previsível que a pressão na factura da agua e resíduos, os munícipes venham a ser penalizados.
Ou seja, o ASSALTO AO POVO é para continuar.
O que o edil pretende com este naco de prosa, é desviar as atenções do pedido de auditoria, fazendo crer que houve benefícios para a população na utilização dos dinheiros públicos, ao mesmo tempo que justifica o roubo que fazem ao Povo de Olhão.
REVOLTEM-SE, PORRA!

2 comentários:

Anónimo disse...

Moss mas será que voces não têm mais nada para fazer?
Se o câmara e o presidente narigudo nao dizia nada, este é quase como o olhao livre. E textos todos od dias a dizer o que faz.
Moss deve ser o ajudante de imagem para justificar o tacho.

Anónimo disse...

se isto é verdade, deviam ser julgados e acusados de burla e fraude,tinham que mostrar as provas para onde foram desviadas as verbas será que ninguém é perseguido nesta santa terrinha, como acontece noutras, que até de cana vão? os responsáveis estão aí, mas aqui fazem~se festas de homenagem ?